terça-feira, 30 de agosto de 2016

Uma porta de entrada ao empreendedorismo para 977 pessoas


Por Wladimir Miranda

Escola de negócios Alencar Burti, a primeira a oferecer capacitação gratuita no Brasil, já formou 139 empreendedores 

Aos poucos, a entrada do prédio do Sebrae-SP, no bairro de Santa Cecília, na região central, ficou repleta de jovens. Adolescentes, em sua maioria, estavam ali na manhã desta segunda-feira (29/08), para uma solenidade na entidade que mudou o rumo de suas vidas.

A Escola de Negócios Sebrae-SP agora leva o nome de seu idealizador e fundador: Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Alencar Burti era o presidente do Sebrae-SP quando a escola foi inaugurada em 27 de janeiro de 2014. Trata-se da primeira escola gratuita de empreendedorismo do Brasil. 

É uma parceria do Sebrae com o Centro Paula Souza, autarquia do governo do Estado de São Paulo, responsável pelas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec).

Iniciativa inédita, a Escola de Negócios Sebrae-SP Alencar Burti forma e capacita gratuitamente empreendedores por intermédio do ensino técnico e tecnológico, nas áreas de Administração, Gestão, Logística e Marketing.

“Este é um momento único, que justifica a minha existência. Para quem, como eu, começou a trabalhar desde cedo, que começou do zero, é uma emoção sem igual ver esta escola ter o meu nome”, disse Alencar Burti.

Paulo Skaf, atual presidente do Sebrae-SP, e Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae nacional, também falaram do homenageado.

“Quando eu assumi a direção do Sebrae-SP, o Alencar Burti fez questão de enfatizar que gostaria que a escola continuasse na minha gestão. Não só dei continuidade, como fiz questão que ela fosse batizada com o seu nome”, afirmou Skaf.

Guilherme Afif Domingos disse que a escola é a imagem de seu idealizador.
A Escola de Negócios Sebrae-SP Alencar Burti habilita o aluno nas práticas de trabalho, educação e pesquisa em um único ambiente, o que lhe dá a possibilidade de ter contato com situações reais que ele certamente enfrenta no mercado de trabalho e no comando da própria empresa.

Dois anos e sete meses após a sua inauguração, a Escola de Negócios Sebrae-SP tem 977 alunos e já formou 139 estudantes nos cursos técnicos da Etec e formará em dezembro deste ano a primeira turma da Fatec.

Juliana Gazzotti Schneider é a diretora da unidade Cultura Empreendedora da escola. Ela fala com entusiasmo da oportunidade que a escola oferece aos jovens empreendedores. E também da abertura de espaço para quem já é empreendedor, mas vai buscar na escola novos conhecimentos para que seus negócios cresçam.

“Não há limite de idade para quem quer frequentar a escola. Temos aqui jovens alunos, que ficam na escola em período integral. E temos também pessoas adultas iniciando um novo projeto. É interessante notar que a maioria dos empreendedores que nos procuram já têm seus negócios. Isto significa que querem aprender, que querem ter ferramentas para que seus negócios cresçam cada vez”, afirma Juliana.

Juliana ressalta que a crise econômica que o país enfrenta colaborou para que aumentasse o número de pessoas que querem ser empreendedoras.

“Muitas pessoas querem ser empreendedoras para aproveitar alguma oportunidade que aparece. Mas há também pessoas que querem ser empreendedoras por necessidade. E é isto o que está acontecendo neste momento. Por falta de vagas no mercado de trabalho, muita gente procura o Sebrae para aprender a ser empreendedor”, afirmou Juliana.

Jackson Silva, 18 anos, é um dos adolescentes citados lá no início da matéria, que esperavam o início da solenidade. 

Nascido e criado em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, ele faz o curso de administração da Escola de Negócios Sebrae-SP Alencar Burti. Fala o que representou a escola do Sebrae-SP em sua vida.


“Olha, esta escola mudou a minha vida. Antes de conhece-la eu andava perdidão, não sabia o que fazer. Andava com más companhias. Muitos amigos daquela época tomaram outros rumos e se deram mal. Ainda bem que conheci a escola pela internet. Foi a minha salvação”, disse Jackson.

domingo, 21 de agosto de 2016

7 Músicas para ouvir quando estiver estressado com o trabalho



Fonte: PEGN

Confira canções que te ajudam a extravasar os pensamentos negativos e a ficar mais calmo

Por maior que seja a sua satisfação com o trabalho, muito provavelmente há dias em que o estresse toma conta de você. Momentos em que dá vontade de xingar todo mundo e simplesmente ir embora.

O ideal é se controlar para não colocar seu emprego ou até sua empresa em risco.

Para ajudar a extravasar e esfriar a cabeça, a revista Entrepreneur selecionou sete canções de vários estilos.

 Algumas falam da indignação com os chefes, enquanto outras não são diretamente relacionadas ao trabalho, mas servem para te animar. São elas:
1.      “Uprising” – Muse
2.     “Take This Job And Shove It” – Dead Kennedys
3.     “Work Hard Play Hard” – Wiz Khalifa
4.     “I Want To Break Free” – Queen
5.     “Work From Home” – Fifth Harmony
6.     “Bad” – U2 
7.     “Frankly Mr. Shankly” – The Smiths

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SIGA o FISCO: DeSTDA – falta tempo para atender o prazo de entre...

SIGA o FISCO: DeSTDA – falta tempo para atender o prazo de entre...: Por Josefina do Nascimento Às vésperas de vencer o prazo de entrega da DeSTDA falta tempo para atender a obrigação e sobram reclama...

O emprego escasseia. Viva as profissões da economia criativa!


Por Ítalo Rufino


Enquanto máquinas e softwares cada vez mais inteligentes extinguem atividades, a demanda por criatividade, conhecimento e gestão de informação estimula o novo mundo do trabalho

Na noite do dia 7 de fevereiro de 2016 foi realizado o evento esportivo mais caro da história dos Estados Unidos – Super Bowl 50.

O evento, que decide o campeão da temporada anual de futebol americano, movimentou cerca de US$ 1 bilhão. O detalhe é que somente um comercial de 30 segundos no intervalo da partida custou US$ 5 milhões. 

Embora seja um ponto fora da curva, o Super Bowl e outros eventos esportivos, artísticos e de entretenimento são exemplos de sucesso da economia criativa.

Esse mercado baseado na informação, conhecimento e criatividade, inclui áreas como arquitetura, design, turismo, gastronomia, moda e publicidade.

Todas essas atividades têm como marca a mobilização de capital intelectual em seus processos produtivos. Em 2014, a economia criativa movimentou US$ 4 trilhões no mundo.

De acordo com o Ministério da Cultura, os setores criativos no Brasil empregavam cerca de 3,7 milhões de pessoas em 2014 – aproximadamente 4,5% do total de trabalhadores.

Em 2015, a estimativa era de que o mercado gerasse R$ 150 bilhões para a economia brasileira.

Em busca de uma análise profunda sobre o conceito, causas e consequências da economia criativa no Brasil e no mundo, o professor Victor Mirshawka, recentemente aposentado do cargo de diretor cultural da Fundação Armando Álvares Penteado, publicou o livro Economia Criativa: Fonte de Novos Empregos, em dois volumes (DVS Editora).

VICTOR MIRSHAWKA: O PROFISSIONAL DA NOVA ECONOMIA TERÁ DE USAR A EMPATIA

Engenheiro e mestre em estatística, Mirshawka concentra sua tese no impacto exercido pela economia criativa sobre o futuro do emprego.

“Nos últimos séculos, todas as grandes mudanças sociais e econômicas alteraram profundamente a empregabilidade”, afirma.

“Hoje, vivemos a quarta revolução industrial. Ao mesmo tempo em que ela cria novos negócios, pode extinguir mercados inteiros.”

De acordo o pesquisador, o uso de inteligência artificial, aparelhos industrializados inteligentes (Internet das coisas), drones e impressoras 3D, apenas para citar alguns exemplos, já estão transformando o mundo que conhecemos.

O sistema de computação cognitiva da IBM, batizado de Watson, consegue interagir com humanos por meio da compreensão da linguagem, capacidade de aprendizagem e identificação de padrões de comportamento.

O equipamento já está em uso na área de call center do Bradesco.

EMPREGO DO FUTURO
É inegável que a tecnologia irá causar desemprego, principalmente na indústria e em serviços, setores nos quais as máquinas e softwares realizam as mesmas atividades de seres humanos -- só que a menor custo e com melhor desempenho.

“O lado bom é que a economia criativa poderá absorver boa parte dos empregos”, afirma Mirshawka, "pois requer propriedade intelectual de seus agentes."

Trata-se de um ambiente que os trabalhadores têm de perceber agora se quiserem se preparar para o futuro.

Entre os benefícios da economia criativa, o professor cita diversas cadeias produtivas que foram favorecidas com a consolidação dessa nova economia – arquitetura, artesanato, artes cênicas, artes visuais, brinquedos, cinema, design, entretenimento, gastronomia, moda, música, pesquisa e desenvolvimento (P&D), publicidade e propaganda, setor editorial, software, televisão e rádio, turismo e vídeo-game.

A ascensão da economia criativa tem um exemplo poderoso na onda atual do game Pokémon Go.

Além de elevar o valor das ações da Nintendo na bolsa de Tóquio em 25% -- um crescimento de US$ 7,5 bilhões em valor de mercado --, a incrível popularidade do jogo ajudou as ações da Zagg, fabricante de carregadores portáteis, a crescer 12,5%.

Paralelamente, as varejistas americanas de eletrônicos Gameshop e RadioShack tiveram aumento de vendas de 45% e 50%, respectivamente. Os dados são da IInterativa, unidade digital da integradora de TI Infobase.



No Brasil, Mirshawka cita o caso de Olímpia, município de 50 mil habitantes situado no noroeste paulista. A cidade, conhecida como a Capital Nacional do Folclore, vive um boom causado pelo turismo. Ao longo do ano, organiza diversos eventos de dança, música e gastronomia local, movimentando a economia da região. 

“A tecnologia é ótima, mas não possui a empatia dos seres humanos”, diz o professor.

“E a empatia, seja de um garçom, um artista ou profissinal da comunicação, representa um dos princípios da economia criativa.”