Fruta controla a pressão arterial, tem ação
anti-inflamatória e pode proteger contra o câncer
Fonte: Minha Vida
A graviola (Annona
muricata) é uma planta originária das Antilhas. É grande, tem forma ovalada e
casca verde-pálida com espinhas. Possui polpa branca, de sabor agridoce. Seu
consumo inicialmente era apenas alimentício. No entanto, resultados de estudos
científicos comprovaram amplamente suas propriedades medicinais, sendo
utilizada de outras formas além do consumo da fruta in natura.
É uma fruta de baixa caloria,
contendo 62 calorias a cada 100g de fruta, segundo a Tabela Brasileira de
Composição de Alimentos (TACO, 2011). Possui 0,8g de proteína/100g, sendo um
bom aporte, comparado a outras frutas. É uma fonte de carboidrato
importante, apresentando 1,9g/100g de fibra alimentar. A graviola destaca-se
como uma fruta fonte de cálcio, magnésio, manganês, potássio, além de possuir
vitaminas B1, B2, B6. Por sua composição, essa fruta também é relatada como
coadjuvante para a perda de peso, principalmente pela baixa quantidade calórica
e pela presença de fibras, que fornecem maior saciedade.
Possui fitoquímicos em várias partes
da planta (como as folhas e o fruto), e podem ser destacados: acetogenina,
lactonas alcalóides isoquinolínicos, taninos, cumarinas, procianidinas,
flavonóides, ácido esteárico, ácido elágico; fitosteróis (beta-sitosterol,
estigmasterol) e ácido gama-amino butírico (GABA). Pela presença desses
compostos antioxidantes, pode-se dizer que a graviola tem um efeito anti-idade,
auxiliando contra o envelhecimento precoce.
Benefícios da graviola
A graviola apresenta diversos
benefícios na literatura científica, como propriedade hipotensora, por
mecanismos periféricos envolvendo antagonismo do cálcio - o que é bom para
pessoas com pressão alta; propriedade vasodilatadora, antiespasmódica (relaxa
músculo liso), e ainda ajuda a desacelerar o ritmo cardíaco, por sua
propriedade sedativa.
Alguns estudos também estabelecem
como propriedades da graviola: antibacteriana e antifúngica (o que pode
auxiliar no tratamento de acnes, por exemplo), vermífuga, emética (induz
vômito), analgésica, anticonvulsiva, estimulante digestivo e adjuvante no
fortalecimento da tonicidade cardíaca. A propriedade anti-inflamatória do
extrato da fruta estudada em investigação científica recente parece ser
relacionada à inibição de mediadores inflamatórios do organismo. Sua
propriedade anti-inflamatória pode favorecer o tratamento de artrite, inchaço e
dor nas articulações.
O efeito de proteção contra o câncer tem
sido demonstrado por algumas investigações, tendo propriedade de proteção
celular (antimutagênico) e sendo eficaz contra células cancerígenas
multirresistentes. Esta propriedade pode estar relacionada aos compostos
antioxidantes potentes presentes na graviola, como a acetogenina.
Pessoas portadoras de diabetes podem
consumir a graviola, pois é rica em fibras, que auxiliam na absorção mais lenta
da glicose (açúcar) pelo organismo, ajudando a controlar seus níveis no sangue.
No entanto, como o consumo de qualquer fruta, os diabéticos devem ter atenção
na quantidade e nos horários de consumo.
A graviola pode ser consumida in
natura, sob a forma de sucos, cápsulas e também são relatados efeitos benéficos
do chá da graviola, a partir da infusão de suas folhas. Porém, é importante a
orientação de um profissional quanto à quantidade a ser consumida diariamente,
tanto de chá, quanto de cápsula. A melhor opção é o consumo da fruta in natura,
principalmente pois neste caso as fibras são preservadas, o que oferece uma
saciedade maior. A quantidade recomendada seria de ½ unidade média, equivalente
a uma porção de fruta.
É contraindicada para indivíduos com
caxumba, aftas ou ferimentos na boca, devido à sua acidez. Indivíduos
hipotensos devem ter cuidado no consumo pelas propriedades sedativas e
calmantes da fruta. Gestantes também devem evitar o consumo pelo risco de
aborto.
O mais importante é se informar com
um nutricionista, pois cada indivíduo tem sua especificidade bioquímica e
sensibilidade diferente a cada alimento.
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