Muitas pessoas me perguntam o que é ser um bom líder. Apesar do
assunto ser extremamente subjetivo, a resposta é simples: “conseguir
praticar gestão sem medo”. O líder que possui como característica a
liberdade de expor suas ideias e a comunicação livre desde os
subordinados, passando por superiores e complementando pelos pares, é um
bom gestor. Só assim é possível tirar dos profissionais no ambiente
organizacional o que de melhor eles possuem, aumentando a produtividade e
rentabilidade das companhias.
Se você observar grandes empresas como Apple ou Microsoft, por
exemplo, vai identificar a gestão sem medo, ou algo muito parecido com
isso. Ambas as empresas possuem pessoal altamente qualificado, com poder
de criação e ação, discutindo e pondo em prática ideias, por mais
impressionantes que sejam. O novo não assusta. É bem vindo e todos estão
estimulados a oferecer novidades à empresa.
Quando o colaborador se faz necessário, isto é, se utiliza em sua
capacidade máxima, ele apresenta resultados concretos e positivos. Ele
trabalha feliz! E independente do ambiente organizacional, quem trabalha
feliz, se entrega ao máximo à empresa, desempenhando com altos índices
de assertividade sua função. Para a empresa, a performance supera as
expectativas, e o ambiente se torna cada vez mais produtivo.
O grande desafio nesse sentindo para o líder é conseguir que cada um
desempenhe na sua capacidade máxima. Se o profissional trabalhar muito
além de seu limite, ele adoece, a empresa perde o capital humano. Se
muito aquém, ele perde o interesse e vai procurar outro emprego, onde se
realizar. Neste caso, a empresa também perde seu capital humano. Usar
um profissional em sua capacidade máxima é o que o torna feliz em seu
ambiente organizacional. É um jogo de ganha - ganha, a empresa ganha, e o
funcionário ganha, porque será remunerado de forma diferenciada,
ganhando mais quem melhor performar.
Mesmo depois de apresentar e justificar a gestão sem medo e a
felicidade no ambiente das empresas, muita gente me pergunta o que ser
feliz tem a ver com ser produtivo, ou com negócio, afinal, business is
just business. A cultura “manda quem pode, obedece quem tem juízo” não
funciona e não faz mais sentido. Empresas com resultados excepcionais
não seguem mais esse pensamento.
A diversidade que gera o sucesso é a certeza de que o trabalho do
grupo é muito mais rentável e importante do que o trabalho de um
indivíduo. Não existe mais estrela solitária. O que os gestores querem é
uma constelação em seu time. O papel do líder implica transformar o
ambiente de trabalho onde se aceite naturalmente a diversidade cultural,
para que os colaboradores possam ser utilizados em sua capacidade
máxima. E o profissional feliz na sua empresa implica em também levar
felicidade para o ambiente familiar e à sociedade como um todo. E, como o
maior contingente de líderes encontra-se nas empresas, o líder que
conseguir que seu subordinado leve alegria para sua família e para o
bate-papo da esquina (seu meio social) estará replicando felicidade pelo
planeta.
O mundo vive um apagão de talentos. E pessoas talentosas sabem como
avaliar culturas corporativas, e se baseiam nelas para tomar a decisão
de se juntar às empresas ou não. Ou os líderes aprendem com o novo, e
aumentam assim sua capacidade de gerar resultados, ou fica parado no
mercado, e logo se perde. Esse é o bom líder, aquele que entende o
momento, aprende com o novo, e utiliza a si mesmo e ao seu time em sua
capacidade máxima, gerindo sem medo, e recebendo sem medo as novas
ideias.
Fonte: Carta Capital
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