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Google Campus São Paulo tem 2,6 mil metros quadrados para receber
empreendedores
Fonte: Estadão
Primeiro Google
Campus da América Latina, prédio de seis andares no bairro do Paraíso receberá
startups e será sede de novo programa de mentoria a empresas iniciantes
O
Google apresentou na manhã desta terça-feira, 7, o Google Campus São Paulo. Com
seis andares, o prédio localizado no bairro do Paraíso, zona sul de São Paulo,
será um espaço totalmente voltado para o incentivo ao empreendedorismo em São
Paulo, com uso gratuito para quem quiser se conectar ou começar um novo
negócio. Além do prédio, a empresa também anunciou um novo programa de mentoria
para startups, com duração de seis meses.
O
Google Campus de São Paulo é o primeiro espaço da empresa desse tipo instalado
na América – hoje, há campi em cidades como Londres, Tel-Aviv, Seul, Madri e
Varsóvia. Criado há quatro anos, o campus de Londres tem hoje 60 mil membros –
pessoas que se cadastraram gratuitamente para usufruir das instalações do
prédio. É possível se inscrever para ser membro neste link.
Já
o prédio de São Paulo, que será aberto ao público na próxima segunda-feira, 13,
nasce com 7 mil membros inscritos, que poderão utilizar espaços de coworking,
redes de Wi-Fi gratuita e até organizar eventos em um dos auditórios do espaço,
com capacidade para mais de 100 pessoas. O espaço ficará aberto para qualquer
pessoa de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h – já os empreendedores
selecionados pelo Google poderão utilizar o espaço “24 horas por dia, 7 dias
por semana”, como disse André Barrence, diretor do Google Campus São Paulo.
Veja como é o novo prédio do Google voltado para startups
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Para
Barrence, que já foi sócio da startup Geekie e liderou o programa de aceleração
de startups de Minas Gerais, o Seed, a história do Google deve inspirar os
empreendedores. “O Google começou pequeno, como uma startup, e cresceu até
chegar ao tamanho que é hoje. É uma história que deve inspirar a cultura
empreendedora”.
Na
manhã desta terça-feira, Barrence participou do evento de apresentação do
Google Campus, ao lado do prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad. “É um espaço privado, mas de utilização
pública. É um orgulho para São Paulo ter um espaço como esse”, disse Haddad no
evento. “Oxalá outras empresas possam seguir o exemplo do Google [e criem
espaços semelhantes].”
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André Barrence, diretor do Google Campus São Paulo, e o
prefeito Fernando Haddad inauguram o espaço de startups do Google
Residentes.
Três dos seis andares do Google Campus São Paulo serão ocupados por “startups
residentes” – e uma parte delas será composta por um novo programa de incentivo
a empresas iniciantes anunciado pelo Google nesta manhã. Chamado de Programa de
Residentes, o projeto selecionará cerca de dez startups em estágio inicial de
desenvolvimento para trabalhar durante seis meses dentro do campus, com direito
a sessões de mentoria e contato com investidores. Caso seja do interesse do
Google e da startup, o período de residência da empresa iniciante pode ser
prolongado por mais seis meses.
Vale
frisar, no entanto, que a participação no programa é gratuita – ao contrário do
que acontece em outros projetos de incentivo a startups, o Google não vai
cobrar pela utilização de seu espaço nem quer receber participação nas empresas
que estiverem no Campus. “Queremos selecionar as melhores ideias, e não as
melhores ideias que podem pagar para estar no Campus", explica Barrence. O
diretor do campus de São Paulo diz, porém, que caso os projetos sejam interessantes,
os braços de investimento do Google – Google Capital e Google Ventures – podem
realizar aportes nas startups. “Já aconteceu em empresas que estiveram
presentes no campus de Londres”, lembra o executivo.
As
inscrições para a primeira turma do Programa de Residentes serão abertas na
próxima quarta-feira, 8, e vão até o dia 8 de julho. De acordo com o Google, os
principais critérios para uma startup ser selecionada são desenvolver
tecnologias únicas, com alto potencial de impacto, com participação de um time
diverso e disposto a contribuir para o crescimento do ecossistema brasileiro de
startups.
Além
do Programa de Residentes, os três andares dedicados a startups internas também
serão ocupados por projetos do próprio Google, como a aceleradora Launchpad
Accelerator, e parceiros como a Startup Farm, a TechStars e a Brazil
Innovators.
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