Mostrando postagens com marcador Empresas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empresas. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Por que produtividade é a bola da vez nas empresas


Por Fátima Fernandes

Varejistas como a rede Covabra de supermercados (foto) conduzem programas para corrigir ou implementar novos processos, a fim de ganhar eficiência e enfrentar as armadilhas da recessão

Uma das ações mais usadas pelas empresas para enfrentar a grave recessão tem sido a redução do quadro de pessoal. Prova disso é que já passa de 11 milhões o número de desempregados no país, podendo chegar a 14 milhões até dezembro.

Para não afetar a qualidade do atendimento ou por mera questão de sobrevivência, grande número de executivos, sobretudo de pequenas e médias empresas está sendo compelido e olhar de frente para um tema praticamente ignorado no Brasil por décadas: a questão da produtividade.

“O varejo brasileiro está engatinhando quando o assunto é produtividade dos funcionários. O país vive sob um modelo de gestão de operações de lojas baseado mais em experiência do que em conceitos e ferramentas”, diz Alexandre Horta, consultor especializado em varejo.

Entenda que isso não se refere exclusivamente ao varejo. Em geral, a  produtividade no trabalho no Brasil está praticamente estabilizada --ou seja, não avançou-- desde 1980, de acordo com Fernando Veloso, pesquisador do Ibre/FVG, com base em levantamento da Conference Board.

Em 1980, um brasileiro produzia o equivalente a US$ 28.205 por ano, em média. Em 2015, US$ 29.583. Os números estão corrigidos pelo dólar de 2015.

Como base de comparação, nos Estados Unidos, a produção anual por trabalhador atinge atualmente US$ 118.826. Na Coréia, US$ 71.287 e, na China, US$ 25.198.

O auge da produtividade no Brasil ocorreu entre 1950 e 1980, quando houve a transição da atividade agrícola para a industrial.  Naquele período, a produtividade subia 4% ao ano, em média.

Depois disso, de acordo com Veloso, só voltou a crescer a partir de 2003, quando a produção anual por trabalhador atingiu US$ 26.716, chegando a US$ 31.259 em 2013.

Nos últimos dois anos, porém, a produtividade voltou a cair – ,3% em 2014 e 4,1% em 2015, ainda de acordo com a Conference Board.

“Acho muito difícil o país voltar a apresentar uma taxa de crescimento de cerca de 4% ao ano. Mas dá para aumentar a produtividade de 2% a 3% ao ano, se o país voltar a investir em inovação e aumentar a produção. ”

Estudos apontam que aperfeiçoamento em gestão é também fator importante para elevar a produtividade das empresas.

“A crise tem o seu lado bom. É quando os empresários olham com mais atenção para os gastos, os processos da empresa e começam a fazer ajustes, a buscar eficiência. É o nosso caso”, diz Ronaldo Santos, diretor-geral da rede de supermercados Covabra.

Com faturamento estimado em R$ 850 milhões neste ano, a Covabra, que ocupa a 15ª posição no ranking paulista da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) de 2015, está com um olhar mais atento à operação.

Com 14 lojas espalhadas em um raio de 100 km, a partir de Campinas (SP), a rede cresceu fortemente nos últimos. Recentemente, inaugurou uma loja em Jundiaí (SP), onde, em breve, deve inaugurar outra unidade.

“Num processo de expansão, num primeiro momento, há perdas de eficiência. Estamos agora numa fase de trabalhar para aumentar a produtividade”, afirma Ronaldo.

Com uma história que começa em 1955, em Limeira (SP),  a rede Covabra foi buscar apoio nos profissionais da Falconi, uma das maiores consultorias brasileiras especializadas em gestão.

O método escolhido foi o de comparar o desempenho de cada seção das 14 lojas e achar o benchmarking interno. Se a seção de frutas, legumes e verduras tem uma produtividade maior por funcionário em uma determinada loja, será exemplo a ser seguido pela mesma seção de outras unidades.

Veja como isso funciona: Imagine um funcionário do setor de frutas, legumes e verduras que consegue descarregar um caminhão que chega ao supermercado em 2 horas. Outro, em 1h40m e um terceiro em três horas.

“Há um desvio entre eles. Ou um é mais eficiente do que os demais, ou falta treinamento ou simplesmente o empregado mais lento não tem aptidão para desempenhar aquela função”, diz Adriano Gomes, sócio-diretor da Méthode, consultoria especializada em gestão.

O que as empresas precisam agora, mais do que nunca, segundo Gomes, é mapear os processos internos para identificar os fatores que emperram a produtividade. E, a partir daí, estabelecer metas, com base em comparações.

É exatamente isso o que a rede Covabra, com cerca de 2.300 funcionários, está fazendo. Em dois anos, a empresa conseguiu reduzir as despesas entre 5% e 7%, de acordo com Santos.

Obter ganhos de 5% a 7% pode parecer fácil, mas não é, de acordo com Gomes, da Méthode. Ocorre que funcionários não gostam de ser controlados e submetidos a testes de comparação.

“Esse trabalho, que será concluído no final do ano, já fez uma grande diferença no nosso negócio. E a tendência, em 2017, continua a de usar benchmark interno para ganhos de produtividade”, afirma Santos, da Covabra.

O CUSTO DA MÁ GESTÃO
O corte simples de custos, sem uma contrapartida de aumento de produtividade do quadro de pessoal, pode afetar negativamente a qualidade do serviço prestado.
No caso de um supermercado, por exemplo, pode ter impacto na organização de espaços, manutenção, limpeza, atendimento, com reflexo negativo nas vendas, de acordo com o consultor Horta.

Em geral, os supermercadistas, segundo afirma, não analisam as perdas de oportunidades por conta da má gestão da força de trabalho, por erros na fixação de preços dos produtos, exposição nas gôndolas e má gestão de funcionamento de caixas, que, muitas vezes, resultam em longas filas de clientes.

“Tudo isso resulta em retrabalho e erosão de imagem. Simples assim”, diz.

Além de voltar o foco para ganhos de produtividade, a rede Covabra está mais atenta ao mix de produtos e às promoções. Com a crise, o consumidor quer produto com qualidade e preço justo. “Intensificamos as negociações com os fornecedores para dar mais vantagens para os clientes”, afirma Santos.

A atual recessão, de acordo com Horta, de fato, tem exigido das redes de varejo uma maior atenção à granularidade nas decisões, particularmente na questão de sortimento e preço.


“Em época de vento à favor, tais ‘imperfeições’ na administração acabavam sendo acobertadas. Excesso de itens em uma loja e, parte deles, com vendas ruins resulta em maior custo de capital (estoque e giro). Esse ajuste fino exige cada vez mais ferramental analítico e gente qualificada para lidar com o novo universo de gestão”, diz Horta.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O Facebook mudou. E as empresas terão de se adaptar


Por Thais Ferreira

Alterações no algoritmo da rede social podem prejudicar as páginas de negócios. Entenda as mudanças e saiba como não perder a relevância

Um dos mais disseminados conceitos da biologia enuncia: os mais adaptados sobrevivem. A frase se refere à vida animal, mas bem que poderia ter sido criada para a internet. 

No espaço virtual, as mudanças acontecem num piscar de olhos. E quem não se adequa, fica para trás. Isso vale tanto para gigantes da tecnologia quanto para os pequenos negócios que utilizam as redes.

De tempos em tempos, as grandes empresas do setor, como Google e Facebook, realizam alterações em seus algoritmos (sequências lógicas que mostram como um programa de computador deve reagir). Esses aperfeiçoamentos fazem com que os internautas interajam melhor com as plataformas. 

Recentemente, a rede de Mark Zuckerberg fez uma mudança importante. De acordo com pesquisas realizadas com os usuários, as pessoas preferem ver no Facebook publicações de amigos e familiares, em vez de conteúdos postados por empresas. 

Por isso, o algoritmo da rede começou a privilegiar no Feed de Notícias (página principal que aparece quando usuário abre o Facebook) os posts de perfil (pessoa física) em detrimento das páginas (pessoa jurídica). 

Essa mudança também está relacionada com a queda das publicações originais e pessoais no Facebook – o que é a principal atividade da rede. De acordo com dados do site The Information, houve uma redução de 21% desse conteúdo no último ano. 

NA PRÁTICA
“Nos primeiros anos do Facebook, bastava o usuário curtir uma página para receber o conteúdo postado”, afirma Fellipe Russo, diretor de Mídias Digitais da Tino Comunicação e fundador da Acelera Negócios, site que ensina marketing digital para pequenos negócios.  

A primeira grande mudança da rede foi mudar esse sistema. Atualmente, aparecem para os usuários os conteúdos das páginas que eles mais interagem. 
A alteração mais recente significa que as publicações de empresas serão entregues com menor frequência para os usuários, o que provavelmente deve prejudicar alguns negócios. 

“Isso não significa que os posts das páginas não irão aparecer mais”, diz Russo. “Mas estimular interação dos usuários se tornou ainda mais fundamental para que as páginas mantenham o número de visualizações.”
Conheça algumas ações para se manter relevante no Facebook:

►CRIAR BONS CONTEÚDOS
Para que o alcance das publicações continue na mesma intensidade, uma dos principais recomendações de Russo é trabalhar o conteúdo. 

Publicar sobre os temas que realmente interessem aos usuários é a melhor forma de garantir a interação. É fundamental entender quais os assuntos são preferidos do público e manter a periodicidade das publicações. 

Outra recomendação de Russo é criar conteúdos fixos, por exemplo, um post semanal sobre curiosidades do negócio ou contando os bastidores da empresa.
“A criação dessas editorias ajuda a melhorar o conteúdo”, afirma. Essa é uma ação que ajuda a manter o público interessado na página.

►DIVERSIFICAR PUBLICAÇÕES
“Páginas que publicam sempre no mesmo formato de texto e imagem não atraem os usuários”, afirma Russo. “O Facebook é uma plataforma que tem muitas ferramentas e que devem ser usadas.”

Essa diversificação das publicações, além de gerar mais engajamento, permite que o algortimo da rede avalie melhor uma página.

Usar os botões de compra, vídeos, links e de transmissão ao vivo são boas formas de diversificar a forma de apresentação do conteúdo.

E não há desculpas. Todos esses formatos podem ser explorados por qualquer nicho de negócios. Um restaurante, por exemplo, pode fazer um vídeo ao vivo mostrando como os pratos são feitos ou um e-commerce pode colocar um produto em destaque e usar o botão de compra. 

►ANUNCIAR PARA O PÚBLICO-ALVO
Muitos administradores de páginas entenderam que a mudança no algoritmo é uma forma do Facebook forçar as empresas a anunciarem mais na plataforma. Uma vez que, utilizando os recursos pagos, como “impulsionar publicação” ou “promover página”, é possível atingir um número maior de pessoas. 

O Facebook não assume isso publicamente e garante que as mudanças foram feitas de acordo com as preferências dos usuários. 

Apesar dessas polêmicas, Russo afirma que essas ferramentas pagas são uma boa forma de aumentar o número de curtidas e de interação.

“É algo que precisa ser feito com cautela. É fundamental saber afunilar para um público-alvo específico para que custo por cada clique seja baixo”. 
Os valores para anunciar no Facebook não são elevados. Com apenas R$ 5, os pequenos negócios podem criar campanhas que geram bons resultados. 

Ao contrário do que muitos usuários pensam, o Facebook não deteriora a audiência de quem costumava a anunciar e decide parar de usar essa opção.

“Não há queda de visualizações na página após utilizar as ferramentas pagas. O fluxo volta ao habitual”, afirma Russo. “Essas baixas geralmente estão relacionadas ao conteúdo do post e não a uma deterioração proposital da rede.”


UTLIZAR BOTÕES DE FIDELIZAÇÃO 
Existem duas ferramentas que o Facebook criou para que os usuários continuem a receber os conteúdos das páginas, sem que eles dependam das escolham feitas pelos algoritmos. 

Uma delas é o botão “ver primeiro”. Quando um usuário ativa esse recurso, ele prioriza o conteúdo daquela página e, por isso, ela será mostrada no Feed de Notícias.

Além disso, é possível utilizar o recurso “ativar as notificações”, ou seja, todas as vezes que a página escolhida publicar um conteúdo novo, essa pessoa receberá um aviso do Facebook 

Algumas páginas estão criando ações para estimular o público a utilizar essas ferramentas, com fotos explicando como os usuários podem utilizar esses recursos. 

Para se aprofundar nas mudanças do algoritmo do Facebook, assista ao vídeo de Fellipe Russo:

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Na era das redes sociais, vida digital de trabalhadores vira alvo de empresas

De olho. Checagem digital se torna nova ‘fase’ de avaliação de desempenho, seja para quem busca uma nova oportunidade ou para quem quer se manter em seu cargo; para especialistas em direito digital, prática pode invadir limites da privacidade de empregado

O analista de sistemas Diego Silva, 28 anos, não é um grande fã de porcos: por conta de uma piada sobre os animais, ele foi demitido em 2014, quando trabalhava na empresa de serviços de tecnologia da informação Processor. Na época, a companhia tinha como um de seus clientes uma empresa que realizava sorteios de prêmios. Enquanto na região Sudeste eles incluíam eletrônicos, na região Norte, a empresa oferecia porcos. Depois de fazer uma brincadeira no Facebook sobre a situação e ser flagrado pelo chefe, Diego acabou na rua. Ele não é o único: nos últimos anos, as empresas têm dado mais atenção ao que seus empregados fazem nas redes sociais. Para novos funcionários, a checagem digital se tornou mais uma fase a ser superada na busca por um emprego.

A princípio, trata-se de uma questão simples. Afinal, boa parte das informações – como fotos, vídeos ou comentários pessoais – que são publicadas nas redes sociais são públicas e, portanto, podem ser encontradas por qualquer um.

“Além das referências profissionais, a busca em redes sociais tem como meta conhecer melhor o candidato ou empregado e saber se a sua visão de mundo se encaixa nos requisitos da função que ele vai desempenhar e na cultura da empresa”, diz Glaucy Bocci, diretora de gestão de talentos da consultoria Willis Towers Watson. Para ela, a checagem digital é uma ferramenta apenas para conhecer, não para eliminar o candidato. “Uma boa organização não eliminaria ou contrataria alguém pela foto bonita ou feia no LinkedIn ou por uma postagem qualquer no Facebook”, avalia Glaucy.

Há quem acredite que a identidade do candidato nas redes “é tão importante quanto ter bom currículo ou experiência”. Segundo a especialista em carreiras Maria Cândida Azevedo, da People & Results, a diferença é que “a checagem digital não acrescenta nada, mas pode ter influência negativa”.

“Ao fazer seleções para empresas de perfil mais conservador, vários candidatos com perfil despojado, fotos em que aparecem em festas e com bebidas, foram eliminados”, diz Jorge Martins, gerente de divisão da empresa de recrutamento Robert Half.

Segundo os recrutadores consultados pelo Estado, posicionamentos polêmicos, declarações preconceituosas ou sexistas nas redes sociais atrapalham o desempenho no processo de seleção. “Ter uma postura preconceituosa no passado pode se refletir em um aprendizado, que deve ser demonstrado”, diz Maria Cândida, da People & Results.

Depois da dispensa, Silva aprendeu a lição e agora toma mais cuidado com suas redes sociais. “Não me arrependo de ter feito aquela publicação, mas sim de ter adicionado colegas como amigos no Facebook”, diz o analista de sistemas. Procurada pelo Estado, a Processor declarou desconhecer o caso de Silva. “Qualquer situação dessa natureza seria tratada de acordo com nossas regras de conduta”, disse a empresa.

A checagem digital ganha mais peso de acordo com o cargo almejado. Segundo os recrutadores, a pesquisa sobre o perfil de uma pessoa nas redes sociais se torna mais profunda quando o cargo é mais alto. “É uma questão de exposição: descobrir que um candidato a empacotador teve uma conduta politicamente incorreta na internet não é tão grave quanto um diretor que cometeu ofensas sexuais”, avalia Maria Cândida.

Varredura. Para especialistas em direito digital, as buscas realizadas pelas empresas se tornaram mais sofisticadas nos últimos anos. Em vez de apenas jogar o nome do candidato no Google, elas têm a ajuda da tecnologia para encontrar informações na web. “Hoje, as empresas usam softwares que rastreiam os perfis dos usuários nas redes sociais”, diz Adriano Mendes, advogado especializado em direito digital.

No Brasil, há uma questão que amplifica o monitoramento dos empregados: a aparente proximidade entre chefes e subordinados ou colegas de trabalho. “Os usuários brasileiros adicionam todo mundo. Várias vezes, o monitoramento acontece não por parte da empresa, mas sim de um colega que tem acesso ao perfil do trabalhador e acaba repassando informações para a chefia”, explica Mendes.
Foi o que aconteceu com a publicitária Roberta (nome fictício): em uma publicação privada para alguns amigos no Facebook, ela reclamou de fazer muitas horas extras e não receber a remuneração correspondente.

“Uma pessoa que eu tinha adicionado contou para o gerente. Semanas depois, me chamaram no setor de Recursos Humanos, pediram para eu entrar na minha conta do Facebook e apagar o que escrevi no próprio computador da empresa”, conta.
Para Luiz Fernando Moncau, gestor do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS), ligado à Faculdade de Direito da FGV-RJ, muitas empresas têm cometido excessos. “É como um empregador mandar abrir o armário de um funcionário: por mais que seja um espaço da empresa, trata-se de um local ‘privado’ do trabalhador”, diz.

Nova era. Hoje as informações disponíveis sobre os usuários na internet são coletadas a partir de tablets, smartphones e PCs. Nos próximos anos, a popularização dos eletrônicos de “vestir” – como relógios e óculos inteligentes – e os dispositivos da chamada “Internet das Coisas”, devem aumentar a quantidade de dados sobre as pessoas que circulam na rede.

Segundo a consultoria Gartner, haverá 20,8 bilhões de dispositivos conectados no mundo em 2020 – um salto de 325% para os 6,4 bilhões de aparelhos conectados existentes no planeta em 2016.

Não é difícil imaginar um cenário em que não só as postagens nas redes sociais, mas a velocidade do carro, a frequência de atividades físicas e o tipo de alimento armazenados na geladeiras sejam, de alguma forma, analisados pelas companhias.
Segundo Moncau, esse cenário reforça a importância de o Brasil ter uma lei que estabeleça regras sobre dados pessoais. “Precisamos avançar antes que os cidadãos fiquem expostos”, diz o pesquisador.

Por Bruno Capelas
Fonte: Estadão