Por Thais
Ferreira
Fonte: Diário do Comércio – SP
Alterações no algoritmo da rede social podem prejudicar as
páginas de negócios. Entenda as mudanças e saiba como não perder a relevância
Um
dos mais disseminados conceitos da biologia enuncia: os mais adaptados
sobrevivem. A frase se refere à vida animal, mas bem que poderia ter sido
criada para a internet.
No
espaço virtual, as mudanças acontecem num piscar de olhos. E quem não se
adequa, fica para trás. Isso vale tanto para gigantes da tecnologia quanto para
os pequenos negócios que utilizam as redes.
De
tempos em tempos, as grandes empresas do setor, como Google e Facebook, realizam
alterações em seus algoritmos (sequências lógicas que mostram como um programa
de computador deve reagir). Esses aperfeiçoamentos fazem com que os internautas
interajam melhor com as plataformas.
Recentemente,
a rede de Mark Zuckerberg fez uma mudança importante. De
acordo com pesquisas realizadas com os usuários, as pessoas preferem ver no
Facebook publicações de amigos e familiares, em vez de conteúdos postados por
empresas.
Por
isso, o algoritmo da rede começou a privilegiar no Feed de Notícias (página
principal que aparece quando usuário abre o Facebook) os posts de perfil
(pessoa física) em detrimento das páginas (pessoa jurídica).
Essa
mudança também está relacionada com a queda das publicações originais e
pessoais no Facebook – o que é a principal atividade
da rede. De acordo com dados do site The Information, houve uma redução de 21%
desse conteúdo no último ano.
NA PRÁTICA
“Nos
primeiros anos do Facebook, bastava
o usuário curtir uma página para receber o conteúdo postado”, afirma Fellipe Russo,
diretor de Mídias Digitais da Tino Comunicação e fundador da Acelera
Negócios, site que ensina marketing digital para pequenos
negócios.
A
primeira grande mudança da rede foi mudar esse sistema. Atualmente, aparecem
para os usuários os conteúdos das páginas que eles mais interagem.
A
alteração mais recente significa que as publicações de empresas serão entregues
com menor frequência para os usuários, o que provavelmente deve prejudicar alguns
negócios.
“Isso
não significa que os posts das páginas não irão aparecer mais”, diz Russo. “Mas
estimular interação dos usuários se tornou ainda mais fundamental para que as
páginas mantenham o número de visualizações.”
Conheça
algumas ações para se manter relevante no Facebook:
►CRIAR BONS CONTEÚDOS
Para
que o alcance das publicações continue na mesma intensidade, uma dos principais
recomendações de Russo é trabalhar o conteúdo.
Publicar
sobre os temas que realmente interessem aos usuários é a melhor forma de
garantir a interação. É fundamental entender quais os assuntos são preferidos
do público e manter a periodicidade das publicações.
Outra
recomendação de Russo é criar conteúdos fixos, por exemplo, um post semanal
sobre curiosidades do negócio ou contando os bastidores da empresa.
“A
criação dessas editorias ajuda a melhorar o conteúdo”, afirma. Essa é uma
ação que ajuda a manter o público interessado na página.
►DIVERSIFICAR
PUBLICAÇÕES
“Páginas
que publicam sempre no mesmo formato de texto e imagem não atraem os usuários”,
afirma Russo. “O Facebook é uma plataforma que tem muitas ferramentas e que
devem ser usadas.”
Essa
diversificação das publicações, além de gerar mais engajamento, permite
que o algortimo da rede avalie melhor uma página.
Usar
os botões de compra, vídeos, links e de transmissão ao vivo são boas formas de
diversificar a forma de apresentação do conteúdo.
E
não há desculpas. Todos esses formatos podem ser explorados por qualquer nicho
de negócios. Um restaurante, por exemplo, pode fazer um vídeo ao vivo mostrando
como os pratos são feitos ou um e-commerce pode colocar um produto em destaque
e usar o botão de compra.
►ANUNCIAR
PARA O PÚBLICO-ALVO
Muitos
administradores de páginas entenderam que a mudança no algoritmo é uma forma do
Facebook forçar as empresas a anunciarem mais na plataforma. Uma vez que,
utilizando os recursos pagos, como “impulsionar publicação” ou “promover
página”, é possível atingir um número maior de pessoas.
O
Facebook não assume isso publicamente e garante que as mudanças foram feitas de
acordo com as preferências dos usuários.
Apesar
dessas polêmicas, Russo afirma que essas ferramentas pagas são uma boa forma de
aumentar o número de curtidas e de interação.
“É
algo que precisa ser feito com cautela. É fundamental
saber afunilar para um público-alvo específico para que custo por
cada clique seja baixo”.
Os
valores para anunciar no Facebook não são elevados. Com apenas R$ 5, os
pequenos negócios podem criar campanhas que geram bons resultados.
Ao
contrário do que muitos usuários pensam, o Facebook não deteriora a audiência
de quem costumava a anunciar e decide parar de usar essa opção.
“Não
há queda de visualizações na página após utilizar as ferramentas pagas. O fluxo
volta ao habitual”, afirma Russo. “Essas baixas geralmente estão relacionadas
ao conteúdo do post e não a uma deterioração proposital da rede.”
► UTLIZAR BOTÕES DE
FIDELIZAÇÃO
Existem
duas ferramentas que o Facebook criou para que os usuários continuem a receber
os conteúdos das páginas, sem que eles dependam das escolham feitas pelos
algoritmos.
Uma
delas é o botão “ver primeiro”. Quando um usuário ativa esse
recurso, ele prioriza o conteúdo daquela página e, por isso, ela será mostrada
no Feed de Notícias.
Além
disso, é possível utilizar o recurso “ativar as notificações”, ou seja, todas
as vezes que a página escolhida publicar um conteúdo novo, essa pessoa receberá
um aviso do Facebook
Algumas
páginas estão criando ações para estimular o público a utilizar essas
ferramentas, com fotos explicando como os usuários podem utilizar esses
recursos.
Para
se aprofundar nas mudanças do algoritmo do Facebook, assista ao vídeo de
Fellipe Russo:
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