Há
muitos anos no Brasil havia um lugar chamado Serra Pelada. Neste local chegava
homens cheios de esperança em ficar rico ou porque não milionário.
Eles se deslocavam dos quatro cantos do país em busca de ouro.
Neste lugar faltava de tudo e sobrava muita esperança.
Sem qualquer conforto eles ficavam acampados na Serra Pelada para garimpar ouro.
Estes garimpeiros estavam desacompanhados de suas esposas, noivas e namoradas.
Não
havia mulher no local, mas quando chegava uma, todos a queriam. Não se
importavam com qualquer biótipo de beleza, o que contava mesmo era ter uma nem que
fosse por alguns minutos.
Muitas vezes estes garimpeiros eram desprovidos de higiene e beleza, mas para muitas mulheres isto não era importante, pois elas estavam interessadas apenas no “ouro”.
Naquela época mulher ali era uma raridade, por menos beleza que tivesse todos a queriam, porque era o que tinha naquele lugar e naquela ocasião.
Muitas vezes as pessoas ficam se “sentindo” autossuficiente, mas não sabem que os outros não a vê como um ser bom, belo, inteligente, mas porque não há qualquer alternativa para escolher. “É o que temos para hoje”.
Por mais que tenhamos experiência e expertise, ninguém é autossuficiente que não tenha mais nada a aprender.
Vamos continuar aprendendo com esta maravilhosa escola, a Escola da Vida.
Para
entender sobre a Serra Pelada, segue texto extraído do endereço
eletrônico:
Texto escrito por Jô Nascimento, em 14 de novembro de 2011.
SERRA PELADA
A Serra Pelada é uma serra brasileira localizada no estado do Pará.
Se tornou muito conhecida durante a década de 1980 por
uma corrida do ouro moderna, tendo sido o local do maior garimpo a céu aberto do mundo, de onde foram
extraídas, oficialmente, 30 toneladas de ouro. Localiza-se no município de Curionópolis ao
sul do estado do Pará, a aproximadamente 35 quilômetros da sede do município.
A serra é um complexo mineral que
abrange uma área de aproximadamente 5 mil hectares. Hoje existe diversas
Cooperativas atuantes na área defendendo os direitos minerários de seus
cooperados concedidos pelo DNPM - Departamento nacional de Pesquisas Minerais,
órgão vinculado ao Ministério de
Minas e Energia.
Atualmente, o garimpo desativado
é um lago com 100 metros de profundidade. Apesar
de desativado, estima-se que existam no local cerca de 350 toneladas de metais
preciosos, entre ouro, platina e paládio.[3]
História
A história de Serra Pelada começa em 1976, quando um geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral encontrou amostras de ferro no sul do Pará. Em 1979, um garimpeiro encontrou ouro no local. O ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki, fez o anúncio oficial da existência do metal em Carajás. A partir de 1980 levas de migrantes se deslocaram para o Pará e ocuparam o garimpo, que pertencia à fazenda Três Barras, propriedade de Genésio Ferreira da Silva.[2]
Auge
Em 21 de maio de 1980, o governo
federal promoveu uma intervenção na área, já ocupada por 30 mil garimpeiros.
Áreas de lavra e garimpeiros foram registrados pela Receita Federal,
e todo ouro encontrado deveria ser vendido à Caixa Econômica Federal. A intervenção foi
comandada pelo militar Sebastião Rodrigues de Moura, o major
Curió.
Em 1981, os depósitos de ouro na
superfície se esgotaram, e a Vale tentou
reaver a posse da área. Mas os interesses eleitorais (havia 80 mil garimpeiros
na área) levaram o governo a fazer obras para prorrogar a extração manual. Em
1982, o garimpo foi reaberto, e Curió foi eleito deputado federal. Curió tomou
posse na Câmara em 1983 e propôs uma lei que
dava permissão para que garimpeiros continuassem explorando o ouro de Serra
Pelada por cinco anos. Em 1984, a Vale recebeu indenização de US$ 59 milhões
pela perda da concessão da mina por quebra de contrato.
Declínio
A extração continuou caindo. Em 1988,
foi de 745 kg, e, em 1990, de menos de 250 kg. Em março de 1992 o
governo não renovou a autorização de 1984, e o garimpo voltou a ser concessão
da Vale.
Aspectos geológicos
A sequência sedimentar é
composta, na sua porção basal, por arenitos conglomeráticos, conglomerados e
arenitos na base, os quais gradam em direção ao topo para siltitos vermelhos
e argilitos.
A mineralização de ouro apresenta
controle litológico e
estrutural, sendo que a maior concentração de ouro está relacionada ao controle
estrutural. A extração de ouro de Serra Pelada era efetuada nas áreas de aluvião,
e na rocha primária. Os depósito de aluvião eram encontrados nas grutas da
região e explorados com abertura de poços e trincheiras até atingir o cascalho
aurífero de onde o ouro era
recuperado manualmente com auxílio de uma bateia ou levados até rudimentares
aparelhos concentradores.
Na rocha primária, o desmonte era feito
sob a forma de bancadas para evitar desmoronamentos. Apesar disso, as frentes
de trabalho dos garimpeiros, por eles denominadas de Babilônia I e Babilônia 2
, foram diversas vezes interditadas para que se fizessem rebaixamentos na cava
do garimpo.
Uma característica peculiar do ouro de
Serra Pelada é a quantidade de paládio –
um elemento do grupo da Platina - que ocorre junto com o ouro e que determinava
as variedades comercializadas no garimpo, e que eram respectivamente:
§ O ouro amarelo, com 1
a 2% de Paládio;
§ O ouro fino, com 6 a
7% de Paládio;
§ E o ouro bombril, com
teores superiores a 9% de Paládio.
Aspectos
socioeconômicos
Em seu período áureo o garimpo de Serra
Pelada era dotado de privilegiadas condições socioeconômicas. Este privilégio
decorreu da necessidade do governo de ordenar e até criar condições de vida
para a multidão de pessoas que diariamente chegavam ao local em busca do seu Eldorado.
Já em 1980 o garimpo possuía
instalações da Companhia Brasileira de Alimentação (COBAL),
que instalou um armazém inflável na Serra, da Caixa Econômica Federal (CEF), da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, Polícia Federal,
da Polícia Militar, do Departamento Nacional de Produção
Mineral, e da DOCEGEO - Rio Doce Geologia e Mineração, uma
subsidiária da Vale S.A.. Esta última empresa era, juntamente com a CEF, a
responsável pela compra, purificação e repassagem do ouro para o Banco Central, sendo retido 8% como parte
de um seguro obrigatorio.
Face às características de Serra Pelada
- uma ocorrência de ouro na superfície da terra, que de morro transformou-se em
um enorme buraco - os desmoronamentos das frentes de lavra eram freqüentes,
trazendo consigo a morte de garimpeiros.
Uma verdadeira cidade surgiu nas
imediações de Serra Pelada, que recebeu o nome de Curionópolis, além de uma
pequena vila - a "Vila dos Garimpeiros", que na verdade é um distrito
do município de Curionópolis - que hoje é habitada por pouco mais de 6 mil
habitantes.
Extração e
Comercialização
A região de Serra Pelada alcançou sua
maior extração de ouro no ano de sua descoberta, ou seja, em 1980. Naquele ano,
somente de maio a novembro - período em que os garimpeiros podiam exercer suas
atividades - foram retiradas cerca de 7 toneladas de ouro. Todavia, já em 1981,
quando as atividades
garimpeiras foram se tornando mais difíceis e perigosas em
função das grandes profundidades alcançadas, a extração caiu para 2,5 toneladas
de ouro. Ao final de 1981 o garimpo atingiu o lençol fréatico e a
água brotou no enorme buraco em que se transformara o garimpo de Serra Pelada.
Ao final de 1984, a profundidade do
buraco de Serra Pelada já era de quase 200 metros. A extração de ouro passou a
declinar violentamente, de modo que, em 1990, somente 600 quilos de ouro foram
retirados. Esta quantidade caiu para 13 quilos em 1991, ano em que, através de portaria ministerial, os direitos de lavra de
Serra Pelada foram repassados para a Vale (na época CVRD), que passou a ser a
detentora dos direitos minerários da região de Serra Pelada até o ano de 2002.
Segundo Levantamento feito pela DOCEGEO
- subsidiária da Vale - na década de 1980,
pesquisas mostraram que uma jazida de minerais da Serra Pelada tinha cerca de
350 a 450 mil toneladas de ouro, entre outros minérios de valores comerciais
que até aquele momento não tinham sido calculados. Estudos recentes avaliam a
jazida em aproximadamente em U$ 10,175 trilhões, em valor de mercado.
Segundo a União existem
mais de 45 mil garimpeiros cadastrados na Coomigasp, a atual detentora dos
direitos minerários de Serra Pelada, e que a fatia destinada a cada sócio seria
de R$ 68 milhões de reais, mais os recursos retidos pela CEF, já descontado
todos os custos de extração.
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