terça-feira, 15 de maio de 2012

Novas empresas estão mais estruturadas

Diário do Comércio


Gilberto Amaral, coordenador do IBPT: Empresômetro será lançado na primeira quinzena de junho. - Luiz Prado/ LUZ - 13.09.11

Nos primeiros quatro meses de 2012 foram criadas 574.385 novas empresas privadas e públicas no Brasil, sendo que São Paulo lidera o ranking com 159.106, seguido de Minas Gerais com 61.512 e Rio de Janeiro com 52.213. Esses são alguns dos primeiros dados do Empresômetro – Censo das Empresas e Entidades Públicas e Privadas Brasileiras – que o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) lança em tempo real na primeira quinzena de junho. 
 
O levantamento vai incluir todas as novas empresas divididas por região, tipo de atividade, tipo de sociedade e valor do capital.  "Não temos hoje um mapa geral desse tipo",  diz o coordenador do IBPT, Gilberto Amaral. "Os estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) e outros institutos são esparsos. O Empresômetro vai permitir o acompanhamento  da criação de empresas no País por atividade, região, município e até bairros." 
 
De acordo com Amaral, esses dados permitirão análises políticas, institucionais e de mercado do empreendedorismo no País. "Na próxima estatística, faremos um cruzamento do volume de empreendimentos novos com a população, o que mostrará os municípios mais empreendedores e a localização das entidades públicas e ONGs."
 
Novatas – A abertura de novas empresas no País cresceu 26,68% neste ano, comparando-se os primeiros quatro meses de 2012 com igual período do ano passado. "É um número muito influenciado pela criação dos Micro Empreendedores Individuais (MEIs), que já atingem 2 milhões em todo o País", diz o coordenador. O MEI, que começou em São Paulo, dentro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), foi se espalhando pelas demais regiões e hoje alcançou com força o Nordeste e o Norte.  No período analisado, se estabeleceram 381.799 novos Micro Empreendedores Individuais, 66,47% do total da criação de empresas.
 
As atuais condições do ímpeto empreendedorista, analisa Amaral, passaram da situação anterior típica de crise de emprego e entraram numa fase de maior planejamento. "Quando a economia não gera emprego pleno, é muito comum a pessoa sacar o Fundo de Garantia e constituir um negócio. Agora, que o País está numa situação de boa oferta de empregos, percebe-se que as novas empresas são mais fundamentadas", diz ele. A avaliação do coordenador se baseia no número de novas sociedades anônimas e companhias limitadas e no valor do capital social. "Está havendo um crescimento das empresas com maior sustentação. Mesmo se for um negócio de pequeno porte, ele precisa de um plano estruturado, que é a tendência agora." 
 
 
A região Sudeste concentrou 50% das novas empresas e entidades, seguida pela região Nordeste, com 18% e  Sul, com 16%, Centro-Oeste ficou com 10%  e  Norte, com 6%.  Quanto à atividade do negócio, o estudo mostra que 7,12% são unidades de comércio varejista de vestuário e acessórios, além de 2,91% no segmento de cabeleireiros e 2,89% no ramo de comércio de alimentos.

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