SÃO PAULO – As empresas brasileiras que atuam
nos setores que vêm liderando a expansão econômica encontram dificuldades para
preencher vagas que exigem profissionais qualificados. Explica o gerente da
consultoria Michael Page, Leonardo Muniz: “O mercado cresceu rapidamente e não
deu tempo de formar pessoas. Muitos setores do País ficaram muito tempo
abandonados e hoje estão em fase de crescimento expressivo. Com isso, faltam
profissionais para trabalhar.”
A especialista em
Soluções de Recursos Humanos da De Bernt Entschev Human Capital, Sônia Helena
Garcia, acrescenta que a dificuldade das empresas é maior quanto mais
específica for a vaga. Nesses casos, é comum que a empresa tenha que
complementar a formação do profissional. “Uma das saídas
encontradas pelos empregadores foi se aliar às universidades”. Veja a seguir os
profissionais mais difíceis de serem encontrados:
Gerente
de Contabilidade: a exigência das empresas é
que este profissional tenha conhecimento fluente na língua inglesa e saiba as
normas que padronizam os procedimentos contábeis em nível internacional,
conhecida como IFRS (International Financial Reporting Standards). O próprio
IFRS só foi adotado recentemente pelas empresas brasileiras, o que exige o
treinamento mesmo de profissionais tarimbados com muitos anos de experiência na
carreira.
Profissional da
área de Logística: as empresas buscam pessoas que tenham conhecimento em todos os modais
da logística. Não basta apenas ser especialista em transporte ferroviário ou
rodoviário. A exigência está associada ao fato de que as empresas precisam se
expandir dentro do País, principalmente o Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Gerente Industrial: o profissional
solicitado, além de ter conhecimento técnico, tem de ter experiência na gestão
de pessoas. Este perfil é necessário porque dentro das indústrias existem tanto
profissionais que estão para se aposentar e quanto recém-formados. Nem sempre a
convivência entre as gerações é tranquila. Cabe a este gerente saber motivar os
colaboradores mais experientes e tirar o que há de melhor dos mais novos.
Especialistas em
meio ambiente: a responsabilidade ambiental das organizações e a preocupação em
seguir a legislação ambiental têm feito com que as empresas busquem pessoas que
entendam do assunto. Entre os profissionais que têm ocupado este cargo estão os
geógrafos, que durante muito tempo ficaram apenas nas salas de aula.
Engenheiro(s): faltam
engenheiros em todas as especialidades. Atualmente, o Brasil forma de 30 mil a
35 mil engenheiros por ano, mas a demanda é de 60 mil. Como a profissão é
fundamental para o desenvolvimento do País, algumas empresas estão importando
engenheiros.
Profissionais da
Construção Civil: faltam pessoas em vários níveis da construção civil porque a atividade
está aquecida devido aos eventos esportivos que acontecerão no País (como Copa
do Mundo e Olimpíada), além de obras do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), entre outros. A estimativa é que o setor precisará de 800 mil
profissionais até 2016.
Profissionais da
área de Energia: o problema de falta de pessoas nesta área está associado ao fato de o
setor pedir uma formação muito específica, que tem se agravado com o avanço da
tecnologia.
Profissionais da
área de Óleo e Gás: o setor permanecerá aquecido nos próximos anos devido às operações do
Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e ao pré-sal. Com esta
expansão, faltam pessoas que tenham conhecimento específico, já que
anteriormente, a área não demandava tanta mão de obra.
Fonte: Infomoney.com.br
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