quarta-feira, 30 de julho de 2014

Errar para acertar

“Um empreendedor que nunca tenha cometido um erro está na mesma desvantajosa posição que a galinha que nunca botou um ovo e está prestes a ir para a panela” (Malcom Forbes)


Assim como todo e qualquer ser humano, já cometi diversos erros em minha vida. Porém, ao contrário de muitos, não me preocupo em escondê-los. Em meus livros, PDI — O Poder das Idéias, Sopa de Pedra, 3 Minutos para o Sucesso, Midas e Sadim e Escola da Vida conto em detalhes vários deles: iniciativas que não foram adiante, avaliações equivocadas de situações e pessoas, ideias que não decolaram. E o motivo pelo qual não os escondo é que não me envergonho deles. Teria me envergonhado, sim, se não tivesse tentado por causa do medo de errar.
As lições que aprendi com meus erros foram e são inestimáveis. É a experiência que você adquire tentando e errando que pavimenta o caminho para o sucesso duradouro. Quem chega ao sucesso sem nunca ter cometido um erro na vida — se é que isso é possível — não tem bagagem suficiente para lidar com os reveses e contratempos que, cedo ou tarde, virão. E por nunca ter aprendido com os pequenos erros da vida, acaba errando quando não pode e com quem não deve. O estudante de medicina pode cometer diversos erros durante uma aula de anatomia. Mas o cirurgião não pode errar durante uma operação.
O milionário americano Malcolm Forbes, fundador da célebre revista de economia que leva seu sobrenome, escreveu certa vez em sua coluna na Forbes que “um ingrediente vital para o sucesso sustentado é o fracasso ocasional”. Segundo ele, “não há nada tão essencial quanto um erro inequívoco de certa magnitude para restaurar a perspectiva necessária a fim de assegurar o sucesso duradouro”. Forbes conclui seu artigo dizendo que “um empreendedor que nunca tenha cometido um erro crasso — em sua opinião isolada — está na mesma desvantajosa posição que a galinha que nunca botou um ovo e está prestes a ir para a panela”.
Portanto, se eu tivesse de acrescentar mais alguma coisa a tudo o que já disse sobre esse assunto, eu diria: aprenda com seus erros e construa sua própria bagagem de conhecimentos, o seu banco de dados interno que alimentará tanto o seu inconsciente quanto a sua mente consciente, e que virá ao seu auxílio sempre que você precisar.
Volta e meia lemos nos jornais notícias do tipo: “pesquisa indica que mais da metade das novas empresas fecham antes de completar dois anos”, e coisas do gênero. E lá vêm longas listas de causas e efeitos, que vão da crise econômica à falta de planejamento do empresário. Porém, o que essas pesquisas não costumam divulgar é o que esses empresários aprenderam com seus erros. Ou quantas vezes os empresários bem-sucedidos passaram por fracassos e falências antes de acertar. Ou o quanto esses fracassos e falências os ajudaram a acertar. Muita gente se assusta ao ler informações sobre a porcentagem de pessoas cujos negócios não deram certo. Mas não seria muito pior se essa porcentagem se referisse àqueles que foram para o fundo do poço sem tentar coisa alguma?
Um de meus objetivos ao criar a Escola da Vida é desenvolver e apoiar pesquisas que mostrem o outro lado da moeda, que valorizem a experiência daqueles que ousaram tentar. Afinal, como disse Carl Gustav Jung: “A verdade sai do erro. Por isso nunca tive medo de errar, nem disso me arrependi seriamente.”
Por Ricardo Bellino
Fonte: Administradores

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