sexta-feira, 25 de julho de 2014

O que deixamos quando saimos da empresa?

Um olhar para aquilo que deixamos ao sair de um emprego e um sim para as novas oportunidades que estão por vir


A rotatividade está alta. Por vários motivos as pessoas trocam seus empregos em busca de um salário melhor, de melhores condições de trabalho e também correm atrás de seus objetivos e seus sonhos.
Tenho observado que ao serem demitidos ou pedirem demissão, algumas pessoas, talvez assim, como em outras coisas na sua vida, não consigam sair daquele emprego de maneira ética.
Saem de forma bagunçada, incompleta, vingativa. Dar recomendação em outro emprego é uma maneira do antigo empregador manter a educação, apenas. Poucas saem deixando as portas abertas atrás de si, podendo voltar de forma digna. Muitos na verdade não deixam emocionalmente aquele emprego por pior que seja. Aliás, parece que quanto pior a experiência, mais tempo na memória e no corpo ele fica. Ficam meses sintonizados nele. Ficam revivendo as injustiças, as dificuldades, os sapos que tiveram que engolir. Ás vezes passeiam pelas lembranças boas, mas rapidinho. Ainda não saíram. Ainda não finalizaram aquela fase. Existe um prejuízo emocional e físico quando isso acontece. Essas pessoas deixam o emprego mas levam consigo depressão, gastrite, úlcera, raiva...
E, assim, perdem a chance de aproveitar aquelas experiências, mesmo que dolorosas, e tirar algo bom delas, nem que seja seu fim e ir para frente. Afinal, é esse o sentido da vida: ir para frente!
Há quem colecione situações mal acabadas. Há quem tenha uma lista de pessoas na qual precisa atravessar a rua se encontrá-las por aí. Ex chefes, ex namorados, ex colegas, ex vizinhos...
Se existisse um equipamento (atenção engenheiros!) que pudesse medir quanta energia colocamos fora em situações inacabadas, essa seria uma das mais altas.
Por outro lado, grandes amizades ganham lugar no nosso coração e estes amigos viram nossos irmãos. Também fazemos amizades que nos alimentam para sempre, mesmo que fisicamente estejamos longe da pessoa. E quando o destino nos oferece um reencontro, é possível lembrar “daqueles tempos na empresa”. Também além de amigos irmãos, existem chefes que nos entendem e nos ajudam nos momentos em que mais precisamos. Ás vezes em uma perda familiar ou situações muito duras, quem menos esperamos oferece sua mão.
Saber terminar situações e/ou relações é dizer sim para o futuro que se inicia agora. Terminar namoro, casamento, emprego, profissão, tudo merece e precisa de despedidas que honrem o que vivemos. Nós merecemos, sair de cada experiência mais leves. A experiência vai conosco, mas o peso nós deixamos para trás. Assim, como podemos, deixar o ambiente em que trabalhamos, limpo, organizado em objetos, ,documentos e informações sobre tarefas e projetos que estavam em nossas mãos, para que a próxima pessoa possa continuar de onde paramos, com a nossa benção. Ela também seguirá mais leve.
Sempre que saímos de um lugar, relação ou fase, deixamos um pouco de nós e levamos um pouco ou muito do que vivemos.
Que saibamos encerrar o que for preciso com gratidão, para poder recomeçar com ainda mais amor!
Por Fernanda Nunes
Fonte: Administradores

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para participar cadastre-se!