Embora pesquisas apontem que mais de 70% dos
jovens brasileiros desejem empreender, nem 10% deles realmente buscam
capacitação na área. Os dados são trazidos pela Endeavor, organização não
governamental internacional voltada ao fomento do empreendedorismo, que
realiza, em 22 de setembro, no Teatro do CIEE, o CEO Summit 2014. O evento,
que contará com palestras de empresários e também de representantes das
empresas apoiadas pela instituição, busca reunir cerca de 400 pessoas ligadas
ao tema.
Realizado em Porto Alegre desde 2012, o Endeavor,
que também teve edições em Belo Horizonte, São Paulo e Fortaleza, será divido
em três painéis. Em um deles, o executivo Pedro Janot, que ficou tetraplégico
após cair de um cavalo em 2011, falará sobre a sua trajetória profissional e
de sua história de superação. “Ele tem uma biografia de sucesso, foi
presidente da Azul, trouxe a Zara pro Brasil, passou por Richards e Pão de
Açúcar. Brincamos que agora está na sua quarta startup, que é a cura dele”,
conta a coordenadora regional da Endeavor no Rio Grande do Sul, Bruna Eboli.
Nos outros painéis, receberá atenção o tema da
sucessão, com a presença do presidente da Artecola, Eduardo Kuntz, além de
exposição das experiências das empresas que recebem apoio da Endeavor no Rio
Grande do Sul. Atualmente, integram o sistema a RPH, empresa voltada à
medicina nuclear, sediada no Tecnopuc; e a Sirtec, dedicada à construção e
manutenção de redes elétricas, com matriz em São Borja. Segundo Bruna, até o
fim do ano, a sucursal gaúcha da Endeavor pretende adicionar mais duas
empresas a sua rede.
Ao todo, são 67 negócios no Brasil apoiados pela
organização, que está presente em 20 países. Escolhidos já com um modelo de
negócios consolidado, eles recebem presença de um gestor de contas designado
pela Endeavor, além de participarem de um processo chamado de mentoria, no
qual 300 executivos brasileiros experientes os aconselham e facilitam os
caminhos para a solução de possíveis problemas ou desafios. A organização é
mantida financeiramente pelos próprios empresários envolvidos em sua rede.
Além disso, a entidade mantém uma biblioteca
digital com e-books e artigos sobre empreendedorismo. Bruna também garantiu
que, em novembro, a Endeavor lançará um ranking comparando 17 capitais
brasileiras a partir de 25 critérios. As categorias serão divididas em oito
pilares, como ambiente regulatório, infraestrutura e capital humano, por
exemplo, e têm como objetivo gerar parâmetros que estimulem as grandes
cidades a seguirem os bons exemplos de suas contrapartes nacionais.
Criação de novas empresas cresce
14,5% em julho
O mês de julho registrou a criação de 170.952
empreendimentos no País, número que representa uma alta de 14,5% ante junho.
Segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, o resultado é
o segundo maior para meses de julho desde 2010, ficando atrás apenas do
registrado no mesmo mês do ano passado, quando surgiram 179.148 firmas.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o total de novos empreendimentos atingiu 1,115 milhão, elevação de 2,9% na comparação com igual período de 2013. Nesta base comparativa, o resultado é o maior da séria histórica do indicador, com início em 2010.
Na análise dos dados por segmento, os
Microempreendedores Individuais (MEIs) foram os principais responsáveis pela
criação de novas empresas, com 123.069. Segundo a Serasa, na margem, “a alta
de 12,4% denota recuperação do setor, que havia apresentado queda de 5,2% em
junho em relação a maio”.
As Sociedades Limitadas figuram em segundo lugar,
responsáveis pelo surgimento de 21.688 companhias, número 21,9% maior que em
junho. Em julho, o número de novas Empresas Individuais foi de 17.338 (alta
de 17,5%) e o de novas empresas de outras naturezas chegou a 8.857 (alta de
21,5%).
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“A crescente formalização dos negócios no Brasil
pode ser responsável pelo aumento constante dos MEIs, registrado desde o início
da série histórica do indicador”, diz a Serasa Experian, em nota. A instituição
destaca que essa modalidade passou de quase metade do total de novos empreendimentos
(44,5% em 2010) para 72,3% no último levantamento.
Fonte: Administradores
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