quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Gestão de Valores

A mão de obra qualificada é uma das grandes necessidades das empresas brasileiras, porém, há uma carência quanto a valorização das pessoas dentro das organizações. As mudanças estão ocorrendo muito rapidamente, mas é lenta a percepção de que o ser humano é o elemento mais importante e que faz a diferença



Saindo da guerra de dados entre governo e opositores de que o desemprego no país está estável, diminuindo ou crescendo, o certo mesmo é que as empresas, na maioria dos setores da economia, carecem de mão de obra qualificada. Bons profissionais são figuras cada vez mais raras no mercado.

Por outro lado, o que parece se destacar também,não é apenas a falta de qualificação, mas a de comprometimento das pessoas. Sem envolvimento a relação entre empresa e equipe se torna fria e mesmo o mais qualificado dos profissionais, poderá não conseguir trazer o resultado esperado à organização.

O mundo não é mais o mesmo, e para aqueles que observam mais de perto, mudando muito rapidamente. Uma palavra que traduz atualmente esse fato é a “obsolescência”, que é quando um produto deixa de ser útil, mesmo estando em perfeito estado de funcionamento. O mercado de aparelhos celulares é um bom exemplo disso. Trazendo esta analogia para a gestão, muitas empresas ainda tratam seus colaboradores como antigamente, exigindo o máximo deles, massem nenhuma prática de reconhecimento. A consequência tende a ser um aumento dos esforços para obtenção de resultados cada vez menores. É a obsolescência da gestão.

É certo que não se deve generalizar e considerar que apenas este fato possa ser o causador das dificuldades, seja na contratação ou no resultado final da empresa. Mas é certo também que a prática da valorização pode fazer com que o comprometimento esteja presente, mesmo naquele funcionário que não tenha a qualificação necessária. Para isso, palavras como “transparência”, “sinceridade” e “objetividade” devem estar presentes.

Essa mudança de postura não é tarefa fácil e exige muito esforço e persistência. Gestores com temperamento bipolar – que tem variação do humor entre amável e agressivo, gestores autoritários ou inseguros, provavelmente terão ainda maiores dificuldades com essa nova realidade. Mas esse é um caminho sem retorno e necessário para a manutenção do negócio. Empresas que já passaram por esta transformação estão à frente das demais.

Com a semelhança cada vez maior dos produtos e serviços, são as pessoas que acabam fazendo a diferença. A maneira como são tratadas pelos superiores, a estrutura organizacional, a comunicação interna, a clareza das atividades e responsabilidades de cada um, a atenção da empresa com mercado, a política com os clientes, também contribuem para a retenção dos talentos internos. Além disso, bons profissionais buscam empresas com esse perfil, porque é nessa ambiente de exigência e de reconhecimento que elas poderão mostrar toda a sua capacidade. Saber valorizar a equipe é saber valorizar o próprio negócio.




Por Jamir Booz
Fonte: Administradores


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