Autora do best-seller O Poder
dos Quietos, Susan Cain orienta projetos em grandes empresas e corporações para
ampliar o potencial criativo dos mais tímidos
Soluções de gestão desenvolvidas para atender a característica
profissional dos mais introvertidos começam a entrar na agenda das grandes
empresas globais dispostas a ganhar em inovação e eficiência. Quem aponta a
tendência é Susan Cain, celebrada autora do bestseller “O Poder dos Quietos:
como os tímidos e os introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar”,
durante HSM ExpoManagement 2014, evento de gestão e educação executiva,
realizado em São Paulo.
Susan afirma que iniciativas como a remodelação dos
escritórios com opções de ambientes de trabalhos mais silenciosos separados dos
espaços cotidianos normais de trabalho, em geral mais agitados, podem fazer a
diferença para que as empresas explorem melhor a eficiência, potencial criativo
e inovador dos profissionais introvertidos.
“É necessário oferecer opções de escolhas de ambiente para
aproveitar o melhor da característica de cada profissional”, diz Susan ao
ilustrar dificuldades enfrentadas pelos tímidos no dia-a-dia de um escritório
em constante conturbação de ruídos.
O mesmo ocorre com relação a trabalhos em grupo e com as
frequentes reuniões de equipe nas empresas para o desenvolvimento de projetos
ou tomadas de decisões. Segundo Susan, perde-se os melhores atributos de
profissionais introvertidos quando se tem apenas a opção de elaboração destes
trabalhos em grupo.
“Às vezes, reuniões em grupo podem ser problemáticas para a
tomada de decisões”, afirma Susan ao citar pesquisas que mostram que em
reuniões típicas de trabalho, em média, uma minoria de três pessoas fica
responsável por 70% da fala, o que pode abafar opiniões diferentes e mais
acertadas dos mais tímidos.
Segundo Susan, há estudos que mostram como natural da
tendência do comportamento humano em seguir a opinião de outros nestes
ambientes. “E se você busca a melhor decisão, é melhor se destacar do grupo e
refletir sozinho sobre uma posição”, afirma.
Ela indica ser necessário nas empresas soluções que também
mantenham e estimulem a parceria de trabalho entre profissionais mais
extrovertidos, mas respeitando as necessidades de reflexão solitária, natural
dos mais tímidos.
Susan citou exemplos como o de companhias como a Procter
& Gamble e de organizações como a Nasa que procuram hoje desenvolver
projetos de gestão que buscam espaços privados para atender melhor às
necessidades de produção dos mais introvertidos. “Sem dúvida o impacto será
grande e transformador quando se aproveitar melhor o talento dos mais
introvertidos”, afirma.
Fonte: Canal Executivo
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