terça-feira, 11 de novembro de 2014

Empresas devem estimular talento dos profissionais introvertidos

Autora do best-seller O Poder dos Quietos, Susan Cain orienta projetos em grandes empresas e corporações para ampliar o potencial criativo dos mais tímidos


Soluções de gestão desenvolvidas para atender a característica profissional dos mais introvertidos começam a entrar na agenda das grandes empresas globais dispostas a ganhar em inovação e eficiência. Quem aponta a tendência é Susan Cain, celebrada autora do bestseller “O Poder dos Quietos: como os tímidos e os introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar”, durante HSM ExpoManagement 2014, evento de gestão e educação executiva, realizado em São Paulo.

Susan afirma que iniciativas como a remodelação dos escritórios com opções de ambientes de trabalhos mais silenciosos separados dos espaços cotidianos normais de trabalho, em geral mais agitados, podem fazer a diferença para que as empresas explorem melhor a eficiência, potencial criativo e inovador dos profissionais introvertidos.

“É necessário oferecer opções de escolhas de ambiente para aproveitar o melhor da característica de cada profissional”, diz Susan ao ilustrar dificuldades enfrentadas pelos tímidos no dia-a-dia de um escritório em constante conturbação de ruídos.

O mesmo ocorre com relação a trabalhos em grupo e com as frequentes reuniões de equipe nas empresas para o desenvolvimento de projetos ou tomadas de decisões. Segundo Susan, perde-se os melhores atributos de profissionais introvertidos quando se tem apenas a opção de elaboração destes trabalhos em grupo.

“Às vezes, reuniões em grupo podem ser problemáticas para a tomada de decisões”, afirma Susan ao citar pesquisas que mostram que em reuniões típicas de trabalho, em média, uma minoria de três pessoas fica responsável por 70% da fala, o que pode abafar opiniões diferentes e mais acertadas dos mais tímidos.

Segundo Susan, há estudos que mostram como natural da tendência do comportamento humano em seguir a opinião de outros nestes ambientes. “E se você busca a melhor decisão, é melhor se destacar do grupo e refletir sozinho sobre uma posição”, afirma.

Ela indica ser necessário nas empresas soluções que também mantenham e estimulem a parceria de trabalho entre profissionais mais extrovertidos, mas respeitando as necessidades de reflexão solitária, natural dos mais tímidos.

Susan citou exemplos como o de companhias como a Procter & Gamble e de organizações como a Nasa que procuram hoje desenvolver projetos de gestão que buscam espaços privados para atender melhor às necessidades de produção dos mais introvertidos. “Sem dúvida o impacto será grande e transformador quando se aproveitar melhor o talento dos mais introvertidos”, afirma.


Fonte: Canal Executivo

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